sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Adolescência - Marília

SÃO PAULO, 01/10/2010.
MARÍLIA , SENAI E TRABALHO

Em Marília aos 16 anos começa nova fase da minha vida que considero que foi de uma felicidade imensa ;Conforme relatei anteriormente, quando estive em Marília a passeio num carnaval, já tinha ficado com vontade de ir morar, e agora estou eu aqui; Marília é uma cidade média que fica a 430 km de São Paulo, na alta Paulista e é muito bonita; O comércio é intenso com boa participação da colônia japonesa ; Fui morar numa pensão indicada pelo SENAI, onde já tinha alunos de outras cidades; A pensão que o SENAI mantinha para seus alunos bolsistas geralmente eram de famílias que tinham quartos vagos e queriam ter uma renda extra e o clima era bem familiar.


Eu me entrosei rapidamente com demais alunos e com a escola que era dirigido pelo diretor Prof. Clóvis
Tolentino ,uma pessoa "fora de série"; O ambiente formado pelos professores, instrutores, auxiliares e alunos era muito bom; O aluno bolsista era quase como internado pois passava a maior parte do tempo entre pensão e a escola sete dias por semana, e qualquer saída tinha que pedir autorização na secretaria; Tinha muitas formas de passar tempo como esportes, jogos e musicas e os bolsistas podiam permanecer à noite até 22 hs, além de sábados que ia das 8 as 13 hs; Eu aprendi a gostar de tênis de mesa e a maior parte do tempo de recreação ficava jogando ;

REALIZADO
Eu me sentia realizado em estar estudando no SENAI; Nunca me dei bem com estudos , como já relatei anteriormente , porém, no SENAI estudar era outra coisa ; Aliás, eu não precisava estudar matéria nenhuma fora da aula e minhas notas eram todas altas ; As aulas de oficina então as notas eram todas máximas; Gostava das horas de recreação à noite que ia das 19 até as 22 hs, três vezes por semana e aos sábados das 8hs até as 14 hs, em que me divertia jogando tênis de mesa, mas tinha mais vontade de ficar operando tornos ; Um dia eu vi chegando muitas peças de ferro fundidos e perguntei ao meu instrutor Vicentin o que eram aquilo, e a resposta foi que eram componentes de morsas usadas em bancadas de marcenaria que seriam usinadas na escola e seriam enviadas para uma escola que o SENAI  iria abrir em Rondônia; O meu instrutor me mostrou os desenhos e perguntei como seriam feitos .       ACIMA, FOTOS INTERNOS DO
                                                                                                           SENAI.


Passados alguns dias, me veio a idéia de querer eu a fazer o trabalho nas morsas ; Falei ao meu instrutor Vicentim que queria trabalhar no horário de recreação, e então falou com diretor que a princípio não foi à favor , dizendo que à noite não havia expediente e nenhum instrutor para me acompanhar ; Nessa época tanto os instrutores como o diretor já me conheciam como bom aluno e com a minha insistência abriram uma exceção permitindo-me .


Ainda não tinha conhecimento e nem experiência para iniciar sozinho o trabalho e durante o dia o meu instrutor me orientava , pois diferenciava das peças de aulas práticas ; Sozinho à noite na oficina que tinha visto primeira vez da rua, alunos mexendo em maquinas e que ficara deslumbrado ,agora estava eu me realizando.


Todos os alunos , bolsistas e não bolsistas , se divertindo à noite jogando tênis de mesa, basquete, ouvindo musicas e eu preferia ficar treinando na oficina; Ficar operando um torno para mim era mais prazeroso do que qualquer outra atividade que a escola oferecia, com exceção de uma noite por semana que podíamos ir ao cinema;

PREMIO
Gostava de operar máquinas , mas me dava bem também como ajustador que exigia habilidade com ferramentas manuais; Nas provas do ultimo ano de oficina , tirei notas máximas que ainda não tinham sido tiradas, e as peças foram enviadas para SENAI  Roberto Simonsen  em  São Paulo para exposição, e ganhei de prêmio uma conta poupança na Caixa Econômica que equivaleria hoje mais ou menos $ 100,00 .(guardo até hoje a caderneta e as peças que me devolveram);

AMIZADES
Das amizades que formei no SENAI  , ainda hoje mantenho contato com três deles que são o Pedro , Odilon , e o Makoto; O curso do SENAI era de 6 meses na escola e 6 meses de estágio em firmas , porém não me lembro o que argumentei mas no fim do primeiro semestre pedi ao diretor que me deixasse fazer seguidos o primeiro e o segundo semestre , o que ele concordou; Assim passei um ano estudando mecânica que não imaginava que iria gostar tanto;


Retornando um pouco no tempo, costumava ir visitar a minha família umas duas vezes ao ano, e passado um ano ou um pouco mais depois de ter saído de casa o meu tio Takeshi casou-se com a Yoko-san que morava em Osvaldo Cruz , cidade vizinha de Parapuã; A loja ia muito bem e a família decidiu ampliar. construindo um prédio bem maior num terreiro em frente ; E família aumentando com os nascimentos da Hiroko, da Geni, da Helena, do Edson, e do Nelson .

ESTÀGIO
No SENAI , depois de ter emendado dois semestres, era a vez de eu sair para estágio ; Muitos não conseguiam encontrar e ficavam sem fazer nada todo semestre, outros iam procurar algum trabalho, e os que eram bolsistas iam para suas cidades ;Eu não tinha para onde ir e a escola pagava a pensão só no período de aulas , ma isso não era problema pois tinha poupança e podia continuar ; No decorrer do segundo semestre, pensava à respeito do estágio e fiquei sabendo através de alunos de outras turmas que tinha uma oficina mecânica que era considerada muito boa, mas não aceitava alunos do SENAI; No primeiro dia do período de estágio me apresentei nessa oficina, que tinha vaga para torneiro , mas não disse que era aluno do SENAI e aí me indicaram um dos tornos e falaram o que eu devia fazer para o teste; Foi um teste simples mas com " pegadinhas " que na escola não se ensina, mas aí percebi o quanto valeu o trabalho extra que fiz na escola e as conversas que tivera  com instrutores que me tratavam mais como amigo do que como aluno.

OFICINA PARA ESTÀGIO
A oficina era da família Stuanni, e trabalhavam o pai e mais três filhos ; Lembro que na hora do teste eles ficavam observando o candidato de maneira a provocar insegurança e a erros; Fiz o teste, "mostrei" o que eles tinham visto como fiz, e em seguida me deram o que fazer já como aprovado sem falar nada , o que me deixou em duvida por um momento; Estava tão entretido no que tinha a fazer que somente depois do expediente é que as minhas fichas começaram a cair e aí não sabia se ria ou chorava ; Mais tarde , já bem entrosado com os meus patrões fiquei sabendo que a maioria dos candidatos ou desistiam no teste ou mesmo que tinham sido aprovado , não voltavam mais no período da tarde. A oficina com o pai e os filhos tinham muita experiência e aceitavam executar serviços complicados que traziam de toda toda a região  FOTO AO LADO, JÁ COMO TORNEIRO MECÂNICO..


À noite fui até a escola contar para todo mundo o que tinha acontecido, e todos ficaram admirados, inclusive o diretor que por saber que essa oficina não gostava de alunos do Senai, ficava muito" sentido "e queriam saber em detalhes como eu tinha conseguido. Falei que alunos quando chegavam nas oficinas diziam ser do SENAI ,dando a entender que sabiam tudo , mas na verdade não tinham prática nenhuma, e as oficinas não queriam saber de ter que ensinar a pratica.

APRENDENDO RÁPIDO
A vontade de aprender e a curiosidade era tanta que fui aprendendo rapidamente tudo que se fazia naquela oficina ; Cada dia aparecia serviço diferente e tinha que" quebrar a cabeça "para executar ; Na medida que ia chegando o fim do mês ia aumentando a vontade de saber quanto eles iriam me pagar de salário, e repetindo o que já tinha acontecido no primeiro emprego no armazém, depois que todos receberam , me chamaram e falaram que eu estava indo muito bem e disseram que iriam me pagar salário mínimo de maior; Naquela época o salário mínimo tinha sido instituído pelo Getúlio e era suficiente para uma pessoa sustentar uma família tranquilamente; Na volta para a pensão quem me viu na rua deve ter pensado que não estava regulando bem da cabeça pois ia saltitando e cantarolando como um bobo de tanta satisfação que sentia ;E o semestre foi passando rapidamente e tinha que voltar para terminar o último semestre do curso.


Esperei até o ultimo dia para avisar que teria que voltar para o SENAI terminar o curso; Ficaram muito surpresos e perguntaram porque não tinha dito antes ,e aí expliquei o motivo ; Não gostaram muito e tentaram me convencer que não precisava do SENAI porque ali aprendia muito mais, mas eu não tinha dúvida em voltar e terminar o curso; Argumentei que em 6 meses poderia voltar se eles quisessem , e aí falaram para mim pedir ao diretor que retardasse o meu retorno por uns 20 dias , o que o diretor concordou satisfeito ; Nesses 20 dias tiveram a idéia de me propor a continuar trabalhando à noite e logo que terminasse a aula iria até a oficina executar trabalho que passariam para mim, e ficar até a hora que eu quisesse. (aguentasse) Imagina que eu tinha 16 anos, hoje impossível.

TÉRMINO DO CURSO
Logicamente contei ao diretor que ficou admirado e preocupado por ser à noite e ser de menor , mas naquela época não existia violência de hoje e nem restrições ao trabalho de menor, e me liberou; Passei o semestre na escola de dia e a noite na oficina que ia até mais ou menos meia noite; Estudar e trabalhar, mesmo de noite era diversão, de tanto que gostava e assim terminei o curso e a festa de formatura foi maravilhosa. AO LADO , A MINHA FORMATURA NO SENAI., 1956.


Enquanto maioria dos formandos pensavam em procurar emprego , no dia seguinte da minha formatura estava trabalhando de volta na oficina dos Stuanni; Continuei trabalhando e aprendendo muita coisa:   Um dia trouxeram um pistão enorme de um motor diesel quebrado e percebi que o patrão aceitou em fazer um novo; Não conhecia detalhes técnicos de um pistão , mas sabia que não seria simples ,ainda mais daquele tamanho;Nesse trabalho vi realmente que eles tinham mais experiência do que pensava; Participei da elaboração e quando ficou pronto , o Pai disse para mim que pegasse o pistão e fosse até a cidade de Garça, pegasse um avião e levasse até a cidade de Dracena,onde os mecânicos esperavam para montar no motor que virava o gerador que abastecia eletricidade para toda cidade; Fazia muitos dias que a cidade estava no escuro e a população estava reclamando com o prefeito; Quando cheguei ( nunca tinha voado de avião e foi um fato inimaginável ) à noite, o povo ficou sabendo que estávamos lá para fazer o conserto e depois de dois dias ,a cidade voltou a ter eletricidade,e nos tratou como heróis.


Eu já era considerado da família e os Stuannis me tratavam muito bem ; continuei morando na pensão que o SENAI tinha me indicado, frequentando a escola nos horários de recreação, e os instrutores e os professores agora eram meus amigos.

CIRCULO CATÓLICO ESTRELA DA MANHÃ
Periodicamente ia visitar a minha família ,mas as amizades que tinha deixado em Parapuã ia se apagando, e formando novos em Marília; Foi quando recebi convite de um deles para conhecer uma associação chamada Circulo Estrela da Manhã , formados por jovens católicos, originário de um grupo de Baurú; Na primeira reunião que participei numa tarde de domingo , achei o grupo muito bom , gostei e comecei a frequentar; Era uma associação católica , mas bastante informal, promovia atividades sociais como intercâmbios, esportes, viagens, além de atividades religiosa como frequentar missas e rezas ; Havia mistura de nisseis e brasileiros com mais nisseis.


Na medida em que ia participando de todas as atividades na Estrela da Manhã, foi evidenciando a questão de eu não ter sido batizado ainda; Acho que quando morei em Pompeia com família Ceschin , muito católica, que queria me ver batizado , deve ter ficado alguma coisa na minha cabeça , e agora com um ambiente bastante propicio , fui batizado tendo como padrinho um amigo fotógrafo chamado Henrique e como madrinha uma amiga chamada Mary da associação, com o nome de Julio que eu mesmo escolhi.


Numa das visitas que fiz à minha familia , o primo Yukio que tinha 10 anos quis vir passar uns dias comigo em Marília e ficou na pensão ; Tinha combinado com o meu Avô que ele voltaria sozinho de trem com dia e hora marcado para chegar em Parapuã; Aconteceu de o garoto não querer ir embora de forma nenhuma, e de tanto insistir acabei deixando ;O meu Avô ficou aguardando o trem e nada do neto, correu os vagões e nada e não entendia o que poderia ter acontecido ;A partir daí ele ia esperar todos os trens que ia de Marília, até que passados uns dois dias fiz o garoto embarcar à força porque não queria.

VIDA BOA
A minha vida estava como tinha almejado , trabalhando no que gostava muito, ganhando bem, muitos amigos , numa cidade grande ; Duas vezes por semana íamos ao cinema com os amigos do Circulo e aos domingos depois da seção de cinema, juntávamos em turma e íamos ao lanchonete Brasserie da avenida Sampaio Vidal. Periodicamente o Circulo promovia encontros religiosos , sociais e esportivos com demais Círculos de outras cidades, além de eventos na própria sede ; Estávamos sempre em turma e como não poderia deixar de acontecer , surgiam namoros e até casamentos.


Ano 1958 , ano da Copa do Mundo, e eu era o único pensionista que tinha rádio no quarto; Jogos de semana , ouvia no rádio da oficina, e dos fim de semana todo mundo no meu quarto para ouvir o jogo ; Quando o Brasil jogou na final contra  a Suécia  e foi campeão, lotou o meu quarto e tinha gente na janela ouvindo; Foi uma gritaria e a farra continuou até à noite;


Passado cerca de um ano, veio um colega, Jorge Sato, ex-aluno do SENAI, que tinha ido trabalhar em São Paulo, e começou a nos contar como era trabalhar e viver lá; Todos nos , curioso queríamos ouvir ele falar de São Paulo , se era bom, e quanto ganhava de salário: Quando disse quanto era,  ficamos espantados pela diferença em relação ao que ganhávamos e  enchemos mais de perguntas; Tinha ouvido comentários de como era morar e trabalhar em São Paulo e antes de ir embora ele nos deixou convite para que se algum  de nos fôssemos , procurasse ele na pensão onde ele estava morando; Eu que estava satisfeito com o meu emprego , mesmo assim fiquei interessado e guardei o endereço dele;


Depois de passado uns meses, um amigo instrutor do Senai chamado Watanabe me falou que iria a São Jose dos Campos e que antes passaria por São Paulo e se gostaria de eu ir com ele; Lembrei do meu amigo chamado Jorge que tinha me deixado o endereço em São Paulo e topei de ir com ele ; Pedi ao Stuanni duas semanas de férias e lá fomos nós à São Paulo onde a minha tia Keiko morava; O meu amigo Watanabe pernoitou também na casa da tia e no dia seguinte seguiu para São José e eu fui procurar o meu amigo Jorge na pensão que ficava na Pça São Paulo.


Eu já tinha vindo à São Paulo uma vez à passeio sozinho , e apesar de ser menor , naquela época não havia nenhum controle e fui aos cinemas, viajei para Santos conhecer o mar e fiquei admirado com Rodovia Anchieta ; Fiquei hospedado na casa do Sunohara-san família da minha tia Keiko; No interior era comum ouvir comentários de pessoas que tinham vindo à São Paulo e ter se perdido e ter também caído no conto do vigário ou ter sido assaltado ao chegar na estação ferroviário; Sabendo desses fatos tomei os devidos cuidados e realmente percebi tentativas em cima de mim, porém , estava protegido.


Depois de um tempo papeando, o Jorge me disse que estava na hora de ir para o trabalho e me convidou a ir com ele e conhecer a Willys Overland onde ele trabalhava: A surpresa começou já no ponto de ônibus quando o Jorge me disse que iríamos num ônibus da  firma que ele trabalhava; Tudo era novidade para mim e depois de esperar alguns minutos na Pça. João Mendes, em frente de onde existia Expresso Brasileiro , chegou um ônibus Mercedes escrito Willys e em  40 minutos o ônibus adentrou numa fabrica enorme; Antes de me levar para conhecer a fábrica , fomos almoçar num restaurante do tamanho que ainda não tinha visto, cheio de funcionários vestido de macacão e reparei que não precisei pagar por ser visitante.

O INESPERADO.
Começamos andar pela fabrica, e a cada seção parávamos para conversar com o encarregado porque o meu amigo era muito conhecido; Achava a fabrica muito grande , com máquinas enormes e esquisitas que nunca tinha imaginado que existisse, cada uma com operador ,e aí comecei a perceber que o que eu conhecia de mecânica e máquinas não era nada; Depois de visitar muitas seções inclusive na que ele trabalhava , paramos numa que chamava ferramentaria, em que o encarregado que parecia alemão , chamado Müller me cumprimentou e começou puxar conversa e me perguntou o que eu fazia; Disse a ele que trabalhava numa oficina mecânica em Marília e aí ele apontou para uma três ou quatro máquinas e perguntou se conhecia, e diante da minha afirmação disse que eu iria trabalhar com ele : disse quanto seria o salário em horas que eu demorei para entender, me pegou pelo braço,me conduziu até o departamento pessoal ,que ficava longe , chamou um funcionário nissei chamado Luiz, e disse a ele que queria me ver trabalhando na semana seguinte na seção dele ; Despediu e foi embora enquanto o Luiz me passou uma lista de documentos que deveria providenciar; Pedi que me explicasse como poderia chegar no salário mensal, e quando percebi que com um pouco de horas extras nos sábados triplicava sobre o que ganhava em Marília.


Foi tudo tão inesperado , não tinha passado nem um dia, fui conversar com o Jorge que já estava trabalhando no turno dele ,e ele começou a rir, e eu fiquei perdido ;E agora pensei, vim com propósito de passar duas semanas de férias , conhecer São Paulo, nem imaginava em arrumar emprego ; Mas tudo que eu tinha visto até aquele momento tinha me impressionado muito e senti  que seria muito bom; Chegando à casa da minha tia , contei o que tinha acontecido e que estava voltando para Marília e estaria de volta para trabalhar na Willys na semana seguinte e moraria numa pensão na Liberdade ; O tio Taketo ainda tentou me persuadir dizendo que eu era muito novo para morar em São Paulo sozinho, mas não dei ouvido; Na mesma noite peguei o trem da Companhia Paulista e de manhã estava na oficina dos Stuanni pedindo a conta; Não gostaram  por ter sido de  "supetão" , mas eu tinha uma atenuância; Tempos atrás tinha levado o meu amigo Makoto que trabalhava em uma oficina que pagava pouco a trabalhar comigo; Sabia que ele daria conta ,e os Stuanni aceitaram-no e ia muito bem e gostavam dele; isso me facilitou por não deixar totalmente na mão e me liberaram .


Mais uma página virada que me deixaria muita saudade.







































11 comentários:

  1. Sabia da história, mas ler é como ver um filme da sua vida!! Muito emocionante tudo oque vc viveu,
    e acho que agora eu entendo porque vcs foram tão tolerantes com agente!!! E não brigava comigo das minhas notas, e para o padrão oriental foram muito
    modernos!!Você não gostava de chapéu ,mas eu tiro o chapéu pra vc!!
    te amoo mais ainda!!

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  2. que legal, estou adorando! beijos, paizão!

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  3. acabei de ler a parte de Marília, até eu fiquei com saudades!!

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  4. Não imaginava que história da minha vida fosse interessar à alguém ; Pelos comentários dá para me animar a continuar ; Já estou no próximo , em São Paulo , apanhando para relembrar e escrever porque há um entrelaçamento entre trabalho,família,círculos,e outros mais.

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  5. Kotchan, você me fez chorar! Que saudade! Será que podemos manter contato? Nunca me esqueci de você, meu segundo "irmão". Sou o único que restou da sua família Ceschin de Pompéia e, aos 70 anos de idade, também fico recordando e chorando de saudade. Entre em contato, por favor: jac@ceschin.com.

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  6. Que alegria,que emoção senti ao ver o seu nome ao abrir o brog ; Já tinha tentado por outros meios , mas com internet estava com esperança , e não é que deu certo mesmo meu irmão "gaijin" ? Moro na V. Mariana , Rua Jorge Tibiriçá 357 ,eu , minha Esposa Ida,uma das quatro filhas e o neto; E você,como vai ? Estou "aposentado" mas tenho uma rotina diária de trabalho para minhas duas filhas; Ao todo são quatro filhas e seis netos ;Hoje é um dia muito especial para mim , acredite . juliokoiti@hotmail.com

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  7. não tenho palavras par dizer como fiquei feliz com o reencontro!

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Querido Tio!

    Sou o filho mais novo do Takeshi, acho que voce já sabe um pouco da minha história, muito parecida com a sua em relação à família. Estou gostando do seu relato, muito envolvente, sei que muita coisa escrita aqui tem sua realidade e achei muito legal. Não conhecia grande parte da sua vida, como voce cita, a família não conta isso tudo. Estou gostando muito. Vá em frente, está muito bom. Parabéns! A voce, à Ida e suas filhas maravilhosas!

    Grande abraço!

    Ps.: Eu nasci em 1964, em Francisco Morato, conforme conversamos.

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  10. Muuuuuuuito legal !!!!... Tão jovem e já era guerreiro !!!!

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