segunda-feira, 9 de agosto de 2010

INFÃNCIA I I I - Jacutinga


SÃO PAULO, 09/08/2010:Nessa época os meus avós cuidavam de mim , pois eles tinha me adotado e
registrado como filho; Com isso ,meus tios passaram a ser irmãos, inclusive a minha mãe, e posteriormente os primos passaram a ser sobrinhos ; Não me foi possível saber quantos meses ou anos tinha eu quando o meu avô decidiu me pegar dos meus verdadeiros pais ;Acredito que a minha Mãe deve ter ficado com meus Avós por um certo tempo, e depois casou-se novamente me deixando com meus Avós; Sobre essa fase e acontecimento nunca ouvi comentários , nem depois de adulto , alguém que poderia saber veio me contar. "buraco negro"
NA FOTO, EU NO COLO DA MINHA MÃE.

Nunca me foi dito o motivo que levou o meu avô a me tirar dos meus pais ;Bem mais tarde,acho que quando eu já era adolescente me contaram que o meu Avô achando que o meu Pai era "irresponsável"decidiu buscar a minha Mãe de volta me levando junto sem mais,nem menos e não se falou mais do meu pai em casa;Disseram também que o delegado de Polícia do local soube do fato,mas como era caso de família não quis interferir; Sem esse acontecimento ,meu sobrenome seria Etho ; Suponho que teria no máximo de um a dois anos , e um dos poucos fatos acontecido que me contaram , foi que todos estavam na roça trabalhando, e me deixaram numa sombra, e quando voltaram , não me acharam. Disseram que foi um alvorôço , e começaram a me procurar desesperadamente pelas ruas de plantação ,que tinha inclusive poço dàgua e córrego. Mas não fiquei sabendo como me encontraram .

Na foto ao lado, creio que foi nessa idade que me perdi.

Me lembro que a colônia chamado Monte Azul, conhecido mais como Jacutinga, era constituído de muitas famílias de japoneses imigrantes , que nessas alturas , já tinham se emancipados dos fazendeiros que os tinham vinculados obrigatoriamente como colonos , ( quase escravos ) em acordo com a imigração dos dois países ;Hoje, lembrando-me das diferenças entre a minha família com a maioria das demais , acho que muitas eram de origem rural no Japão, provincianos ,muito diferente dos de minha família que ,além de ter vindo de Osaka , o Avô era industrial muito rico ,com cultura e costumes muito diferentes; Tinha já viajado pelo mundo todo ,o que imagino que nenhum imigrante tivesse feito.


Se a minha família era assim, porque o Avô decidiu ( pois era ele quem decidia tudo) abandonar tudo no Japão , para fazer a família se sacrificar tanto num Pais desconhecido e totalmente inóspita? Essa pergunta ,eu gostaria de ter feito para ele, porém na idade que eu tinha até a morte dele não tinha suscitado curiosidade; Mais recentemente , surgiram outras curiosidade que me levaram a perguntar para os tios , como por exemplo: Se eram ricos ,tinha uma indústria tão grande num ramo estratégico para o pais, morava num bairro nobre o que aconteceu para vir tão longe e desconhecido? Mas era como tentar abrir uma garrafa  de rolha muito apertado ,e respostas  na base homeopática ; Com a morte do tio Kiyoshi que o Avô tinha delegado mais atribuições sobre negócios desde o Japão , essas questões deverão ficar sem respostas. Em casa esses assuntos e muitos outros eram tabus, pois nunca se ouvia comentários.



SÃO PAULO, 09/8/2010:                                                                                                        
 FAMÍLIA NISHIKAWA

                                                                            Dentre essas famílias, na ocasião , a nossa tinha relacionamento de amizade maior com a família Nishikawa; Sempre estávamos reunidos para brincadeiras e tinha um garoto da minha idade chamado Akito e irmã Tomeko; Os meus tios tinham amizades com os irmãos mais velhos dessa família e que mais tarde o meu tio mais velho "okinitiam" viria a se casar com uma das irmãs Mitsuko em que naquela época eram "arranjado" pelo "nakoodo-san".

NA FOTO , "UNDOKAI NA COLONIA MONTE AZUL.

O AVÔ.
Mais tarde , quando adulto , vim perceber que quando era criança, poucas crianças vinham brincar em casa. Éra mais eu sair para ir nas casas onde tinham crianças , e lá ouvia e percebia que era discriminado pelos adultos como por exemplo, quando nos momentos de lanche, criançadas eram chamadas , mas eu era "esquecido" e ouvia comentários como; ele  é neto daquele velho . Também nas brincadeiras ,muitas vezes era deixado de fora .


O meu avô , era uma pessoa muito intransigente, e no julgamento que fazia das pessoas , ou prestava ou não prestava, e não admitia ninguém que na visão dele não fosse ilibada cem por cento, além de excessivamente centralizador. Tudo tinha que ser conforme visão dele,  quem quer que fosse.


Isso refletia no ambiente familiar e na comunidade . Na família , muito centralizador ,inibia maioria das iniciativas dos filhos além de dar preferências, e na comunidade , impositor que não admitia ser contrariado e briguento , o que criava inimizades . Tudo em nome da honestidade e da retidão, o que  poucos tinham disposição de aceitar.

ESCOLA
Aos seis para sete anos , me matricularam numa escola rural ; Não falava e não entendia uma palavra  em português ; Não sei porque , comecei  atrasado mais ou menos dois meses, e nos primeiros dias de aula não entendia absolutamente nada que a professora falava ,e era motivo de chacota pois todas as crianças já entendiam português razoavelmente.


Além de discriminações de famílias que tinham "broncas" do meu avô , as roupas que a minha avó costurava para mim,eram de modelo diferente de todas as demais crianças e isso era mais um motivo de chacota. Falava para a minha avó que  não entendia o porquê , e dizia que as minhas roupas eram muito melhores do que deles ,portanto não tinha que reclamar. Nessa circunstâncias , sentimento de incompreendido era muito forte.

GUERRA
Lembro de que em casa ouvia falar muito de guerra ; Via revistas com fotografias de cenas de soldados em combates , muitas mortes, com fuzis  e mascaras contra veneno que me fazia sentir medo; Havia duvida quanto a situação de como estaria o Japão, mas o Brasil era aliado dos Estados Unidos, e portanto o Japão e o Brasil eram inimigos; Lembro que era proibido falar em publico em japonês  , manter qualquer material como livros e objetos que sugerisse   posição a favor do Japão ou participação em grupo de resistência de japoneses  .


Lá pelo ano de 1946 , havia dúvidas de quem teria ganho a guerra, Japão ou Estados Unidos, e havia formado grupos de fanáticos japoneses que não admitiam que o Japão poderia ter perdido , e combatiam com violência os ditos perdedores e também os que mostravam ser neutros ;Deram muito trabalho para a polícia e era comum ver muitos japoneses presos em cadeia .


A minha família conseguiu não se envolver , enterrou livros e demais objetos sob um barracão ,e algumas vezes que a policia veio revistar a casa não desconfiaram . Lembro que sentia muito medo e havia muita tensão em casa .

TRABALHO NA ROÇA.
Aos pouco isso foi passando , e o trabalho na roça era duro ,de madrugada até o anoitecer, arando , plantando e colhendo ; Cada tipo de plantação exigia modo de trabalho árduo ( ex; a colheita de algodão deixava as mão toda machucadas com as pontas de maçã seca abertas) e ao anoitecer todos estavam exaustos.Era usado uma espécie de trenó  ,puxado pelo cavalo para transportar colheita da roça até o galpão,e gostava de ir sentado sobre esse trenó na ida para apanhar a colheita que ficava empilhado no caminho.


Na roça , o almoço era as 9 hs , levados em marmiteiros e café as 13 hs, na base de bolinhos de farinha e bicarbonato, hoje conhecido como bolinho de chuva,e café puro em bules e xícaras esmaltadas ,servidos na sombra de  árvores ; A minha avó me mandava levar a marmita e o café ; O jantar era servido já noite e depois de tomarem banho no " ofuró" ,primeiro os mais velhos ,depois os homens e depois as mulheres, todos cansados, era só ir dormir.


Havia sempre empregados brasileiros "gaijins camaradas"que trabalhavam na roça ; moravam nos galpões , e minha Avô fazia comida separado do nosso porque tudo era temperado com banha de porco pura inclusive arroz ; Eu gostava e sempre comia junto comida deles, por isso até hoje gosto de comida gordurosa apesar de saber que não é saudável; Nos domingos, eles iam distrair na cidade e na volta traziam de presente doces que eu gostava; Maioria deles sabiam falar japonês.

SORVETE E CAMINHÃO.
A minha alegria era poder ir com o caminhão carregado de colheita para a cidade vender a carga, e o meu avô gostava de me levar a uma sorveteria. Nos primeiros anos , o caminhão era de uma família que praticava frete, porém logo o meu avô foi à São Paulo e comprou um caminhão Ford 46 novo; Foi uma festa e eu me sentia  alegria enorme; O meu avô gostava de exaltar dizendo que era de rodagem dupla e que tinha a reduzida ,etç, etç, comparando com o outros que faziam fretes.


Não se discutia ou pelo menos não me lembro de ter ouvido falar sobre assuntos de administração do sitio e penso que era porque quem decidia tudo era o meu avô , apesar de os meus tios já serem adultos . Lembro da satisfação de todos com a boa colheita de batata, que se repetiram  por pelo menos três anos seguidos, o que possibilitou a compra do caminhão já no segundo ano de colheita de batatas.


O segundo tio que chamávamos de " tchanisan" tinha muita habilidade manual e com isso via o  fazendo máquinas de madeira para descascar amendoins , para classificar batata conforme tamanho,que facilitava o trabalho de separar e melhorava a qualidade no momento da venda. Um dia fez um patinete para mim que gostei muito brinquei por muito tempo . Também era o que mais recebia incumbências do pai para negócios da família.


Na época , ter um caminhão novo " Ford " era motivo de orgulho e de status , e minha alegria em poder ir a cidade de Pompéia à cada vez que levava colheita para vender era de muita expectativa a ponto de não conseguir dormir direito.. Chegando à cidade , depois de descarregar o caminhão , a primeira coisa que o meu avô fazia era me levar para tomar sorvete de taça numa sorveteria que ficava na esquina da rua Baurú, em frente do Banco do Estado de São Paulo.


A guerra terminou mas havia duvidas sobre quem tinha ganho, porque não havia informações claros e talvez mesmo quem já soubesse , não iria se manifestar pois os fanáticos grupos do "katigumi" não iriam admitir a derrota do Japão e estavam dispostos a matar, o que já tinham feito; Ainda havia racionamento de gasolina e querosene , existiam carros movidos a " gasogênio e cadeias lotados de japoneses por suspeitas de serem terroristas .

PADRASTO.
A minha Mãe e o Padrasto vinham de vez em quando nos visitar e a minha Avó me falava para cumprimenta-los , o que para mim não significava muito . Nessa época já tinha três meio irmãos ,mas para mim eram como qualquer outros meninos. Não sabia e nem imaginava que eu poderia ter pai pois isto não era falado e para mim o  padrasto era o meu pai,  e pela idade que tinha, estava tudo normal.

INFECÇÃO.
Depois do primeiro ano na escola rural, comecei frequentar o Grupo Escolar na cidade de Pompéia, que ficava a mais ou menos 7 km; Íamos em grupo de meninos da vizinhança a pé; Atravessávamos pasto de gados e subíamos um caminho de serra ; Na volta invariavelmente tirávamos o uniforme e só de calção , nadávamos no rio  que cruzava o pasto; Isto me custou infecção ,"nefliti," e muitas injeções de penicilina ( novidade na época ) e fui proibido de entrar naquele rio: Mas mesmo assim, houve mais duas vezes em que me infeccionei. 

DINHEIRO.
Os meus avós tinham costume de não me deixarem  dinheiro comigo dizendo que eu não tinha de querer comprar nada , pois tudo que eu precisasse , era só pedir para eles que providenciariam; Lanche , material escolar, brinquedos ; Porém  meus amigos sempre estavam com moedas que os pais lhes davam, e eu os via darem, e podiam comprar o que quisessem; Isso me desagradava demais porque , primeiro queria eu mesmo ter o meu dinheiro como os demais, segundo porque o que eles me davam nunca eram do meu gosto ( tinha que ser igual dos amigos) e terceiro porque os amigos com dinheiro compravam lanche que eles escolhiam, e eu trazido de casa feito pela minha avó que era motivo gozação.

JÁ VINHA TARDE.
Outra lembrança da época é de que a maioria das coisas que almejava era difícil de se obter, precisava  insistir muito para me darem e depois de muito pedir é que vinham, e aí já tinha perdido a vontade ; por outro lado , muitas coisas que não tinha o menor interesse era me dado; Esses fatos foram me marcando , apesar de muito criança ainda , o que mais tarde iria formar na minha cabeça alguns traços que falarei oportunamente.

IMIGRAÇÃO.
Já adulto cheguei a pensar que ,a minha família,  como imigrante, a intenção aqui no Brasil era de trabalhar , economizar e em alguns anos , retornar ao Japão ; Aí , era não gastar , aproveitar o máximo tudo que tinham trazidos , roupas, utensílios e manter a cultura japonesa , não se interessando em assimilar e conviver com nada que fosse brasileiro. Porém mais recentemente perguntei ao tio Kiyoshi se era correto o que sempre imaginei que fosse, respondeu que o Avô não tinha vindo com essa intenção e foi uma surpresa para mim;

MÚSICA JAPONESA
Ouvia sempre musicas japonesas tocadas em uma vitrola trazida do Japão , com discos de baquelite em 78 r.p.m. ,algumas trazidos e outras comprados em loja na cidade de Pompéia;
Usava uma agulha de aço a cada dois lados do disco , tinha  que dar corda a cada lado e a mola da vitrola estava sempre quebrando; O meu Avô desmontava a vitrola ,abria a caixa de mecanismo onde ficava a mola e quando dava ,ele emendava , se não tinha que trocar. Na época tudo era importado e tinha que esperar
alguns meses.


Hoje , ainda mantenho o gosto pelas musicas japonesas que ficaram gravadas na memória . Baixo pela internet, gravo no mp3, e curto bastante . Antes era no vinil, depois vieram os k7 , os cds e agora o mp3 que vim a conhecer em 2006,quando eu e Ida viajamos para Londres,e ganhei um aparelho do Roberto ,nosso genro , marido da Regina. Achei incrível .

CASAMENTOS
Em 1947 houve primeiro casamento na família ; O meu tio mais velho , Okinitian casou com Mitsuko-san da família Nishikawa, aquela que mencionei antes que era a família que a nossa tinha mais amizade. Naquela época maioria de casamento era "arranjado"por "nakoodosan, pessoa conhecida na colônia como casamenteiro, que ficava sempre de olho nos jovens ; Daí era só esperar que algum pai o procurasse pedindo para arranjar uma "yomesan", noiva para o filho que já estava na hora de se casar ;Ele promovia então o "miai" , troca de fotografias e/ou apresentação dos possíveis noivos;


Não existia namoro,e em muitos casos os noivos iam se conhecer somente no dia do casamento, após a festa. Uma vez casada, a "yomesan passava a ser membro da família do "musucosan", marido, e era como se não tivesse mais a família dos pais e invariavelmente tinha que trabalhar muito e controlada pela sogra,
o que eu presenciei muito em casa.


A minha vida continuava na rotina de ir à escola ,passando pelo pasto de vacas ,subir uma serra,atravessar linha férrea,e frequentar grupo escolar de Pompéia, sempre em grupinhos formados pelo meninos das vizinhanças. Voltando para casa,a ordem era primeiro fazer lição de casa,e somente depois podia brincar de pião,de empurrar arco com vareta,disputar territórios com discos feitos de azulejos, esconde/esconde, de pega, betia, e não sei mais o que;
                                                                                                                
 TIO TAKESHI
                                                                                                                               
O tio Takeshi , o terceiro , que era chamado de Yukitiam, era nervosinho e não admitia ser chamado à atenção pelo pai em nada e se mostrava bastante folgado; Só fazia o que dava na cabeça dele e quando levava bronca por não fazer nada ou fazer coisas erradas mostrava-se revoltado;e  muitas vezes eu os provocava depois da bronca que tinha levado ,e aí queria descontar em mim: Vinha querer me pegar mas eu corria e subia num dos dois pinheiros bem altos que tinha na entrada da casa , até quase no tôpo e quando ele se aproximava começava balançar a arvore e aí ficava com medo e descia; Em outras ocasiões , ao levar bronca, chantagiava  ameaçando se suicidar ou então desaparecia por alguns dias e reaparecia quietinho: Nas primeiras vezes assustou a família , mas depois , continuou mas não pegou mais.

FALECIMENTO.
Em 1948 houve um fato dramático na minha família ; A minha Mãe faleceu de parto do quinto filho ; Apesar de meus nove anos, lembro bem de como a família sentiu a perda ;Eu via tudo como se fosse de outra família, pois apesar de saber que era a minha Mãe , não tinha tido convivência nenhuma ; Mais tarde ouvi dizer que quando o meu Avô soube da gravidade da saúde da minha Mãe , correu com meus tios levando um médico de caminhão, até o sítio onde moravam , mas chegaram tarde demais.


A minha Mãe foi enterrada no cemitério de Paulópolis, cidade próxima de Pompéia.e hoje se encontra em Presidente Wenceslau junto ao padrastro.


Esse fato fez com que meu Avô mudasse o relacionamento com o meu Padrasto ; Segundo relatos posterior ao falecimento, o Avô tinha alertado ele para que mudasse para outro lugar menos afastado,com mais acesso à recursos em caso de emergência;Não soube se foi por discordância ou qualquer outro motivo, mas continuou morando no mesmo local ; Meu Avô, além de cortar relacionamento com o Padrasto, proibiu todos os de casa também ,e ninguém comentava nada; Não se falou mais nem nos quatro netos ,Shigueto,Tamiko , Mitiko e Mitsuo e assim se manteve até  ambos falecerem sem terem reatados;

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Nesse ano nasceu o primeiro" sobrinho"/primo que foi dado o nome de Yukio, filho de Okinitiam e Onetiam;

CASAMENTO II
No ano seguinte , 1949, o segundo Tio se casou com a Hanako-san ,da família Kawaushi nos mesmos moldes ,isto é ,através de "nakoodosam" que se não me engano chamava-se Hara-san; Um fato talvez sem importância que ouvia é que ela ,para os padrões da época era chique por usar ,imagine, óculos ,maquiagem ,vestidos melhor costurados,e morar na cidade;Esses detalhes não eram bem visto pela minha Avô , de ideias muito conservadora ;Uma lembrança que comento sempre quando se fala daquela época ,é que um dia, antes do casamento, fomos visitar a família Kawaushi ,e a Hanako-san nos serviu compota de figo colhido  feito por ela; Nunca tinha experimentado e achei uma gostosura e nunca esqueci ;

Depois de três a quatro anos consecutivos plantando batata,o meu Avô achou que estava na hora de deixar a lavoura e partir para o comércio; Decidiu que o segundo tio que era também chamado de Kioshi-nisan, deveria aprender meandro do comércio e foi morar em Pompéia, para "trabalhar"numa loja de ferragem; Eu que estudava no Grupo Escolar caminhando diariamente vários quilômetros , isso me proporcionou ir morar com eles na cidade.


Morar na cidade  trouxe mudanças na minha vida que passarei a descrever no próximo capítulo..